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Estudantes da UnB desenvolvem projeto para transformar chorume em eletricidade

Gilluz está em fase de desenvolvimento. Objetivo é utilizar biologia sintética para solucionar contaminação por líquido do Aterro Sanitário de Brasília e fornecer energia elétrica às comunidades pobres

Segundo a pesquisa, os rejeitos recebidos no aterro equivalem a 150 caminhões de lixo por mês. “O grande volume de chorume gerado pelo aterro causa impactos severos à saúde e ao meio ambiente, ameaçando os poços, minas e nascentes que abastecem a comunidade próxima”, dizem os pesquisadores.

O projeto está em desenvolvimento e, em novembro, participa de uma competição internacional. O desafio é encontrar soluções para resolver problemas locais através da biologia sintética. De acordo com a estudante de Ciências Biológicas Isabela Filgueira Campos, que participa do projeto, o processo para a transformação do chorume em eletricidade começa com a modificação genética de bactérias e fungos. A intervenção é para potencializar a capacidade desses microrganismos de degradar componentes do chorume.

“Assim, trabalharemos com a biorremediação, ou seja, usaremos organismos vivos para remediar e reduzir o potencial de contaminação do chorume”, diz Isabela.

O composto que resulta da degradação passa por um processo que permite a captação de energia elétrica, explica a pesquisadora. Por enquanto, devido a pandemia de Covid-19, a equipe trabalha de forma virtual. “Tudo é feio online. Todas as pesquisas são por meio de simulações computacionais. A previsão é irmos para o laboratório somente no ano que vem”, conta Isabela. Competição internacional Os estudantes do DF vão apresentar o projeto na primeira edição da IGem Design League. A competição é da International Genetically Engineered Machine Competition (iGEM), e se concentra em projetos na etapa de construção da abordagem de engenharia para biologia. O objetivo da competição é permitir a expansão desses projetos e criar soluções, aproveitando o poder das ferramentas digitais. A proposta dessa primeira edição é que as equipes mostrem soluções para resolver problemas locais através da biologia sintética. A Equipe iGEM UnB|Embrapa, que está desenvolvendo o projeto Gilluz, e participa da competição, reúne 10 estudantes dos cursos de Biologia, Biotecnologia, Farmácia, Agronomia e Administração, além de três professores e cinco mentores. O grupo está fazendo uma vaquinha online para conseguir recursos para participar da competição. O valor arrecadado será usado na inscrição para a competição, e para aulas e softwares necessários para a execução do projeto.

Fonte: G1.

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